A 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte (MG) emitiu na tarde desta quarta-feira (4) uma liminar que proíbe o aplicativo “Tubby” de ser disponibilizado em todo o Brasil.
A decisão, proferida pelo juiz Rinaldo Kennedy Silva, titular da Vara Especializada de Crimes Contra a Mulher da capital mineira, aceitou o pedido de medida cautelar feito nesta terça-feira (3) pelos coletivos Frente de Mulheres das Brigadas Populares de Minas Gerais, Margarida Alves, Movimento Graal no Brasil, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento Mulheres em Luta, Marcha das Vadias e Coletivo Mineiro Popular Anarquista (Compa).
Os grupos entraram com a ação com base na Lei Maria da Penha (11.340/06), argumentando que o aplicativo promovia a violência contra a mulher.
O juiz disse haver “plausibilidade jurídica na tese exposta” pelo coletivo, ”uma vez que a requerente pretende a defesa dos interesses difusos das mulheres”.
“Há também fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, uma vez que depois de ofendida a honra de uma mulher por intermédio do mencionado aplicativo, não haverá como repará-la”, escreveu o juiz Kennedy.
O “Tubby” é um aplicativo para homens avaliarem o comportamento e o desempenho sexual de mulheres, criado, segundo seus desenvolvedores, em represália a outro aplicativo, o “Lulu”, que tem o mesmo propósito, mas é direcionado às mulheres.
Na decisão, o juiz proibiu o Facebook, a equipe do próprio “Tubby”, e as lojas de aplicativos doGoogle (Google Play) e da Apple (App Store) de permitir a veiculação do aplicativo, sob a pena de multa diária de R$ 10 mil, em caso de descumprimento.
O G1 entrou em contato com as empresas, que, até a publicação desta reportagem, não haviam respondido.
O “Tubby” seria lançado nesta quarta-feira (4), mas foi adiado para sexta. Segundo a equipe responsável, os motivos foram problemas nos servidores, devido ao grande número de acessos, e um esforço para legalizar o aplicativo.
Comento:
Depois dizem que o Brasil é um país machista – se bem que, na minha opinião, é. O aplicativo onde mulheres podem avaliar e dar notas aos homens com os quais se relacionam virou moda e viralizou em poucos dias. Ai a rapaziada, pra não deixar barato, resolve fazer uma versão masculina do aplicativo, que a justiça de Minas resolveu proibir. Por acaso difamar um homem é pior que difamar uma mulher? Bem, pra justiça brasileira, sim!
Só digo uma coisa: se esse aplicativo for liberado vai ter muito pai chorando por ai. Se bem que nem precisa. Nós, homens já temos um aplicativo onde avaliamos as pessoas. Existe a séculos. Chama-se bar.
pelo jeito esse papo de direitos iguais entre homens e mulheres é pura conversa fiada.
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já faz tempo que não em algum bar, bom só na semana passada para tomar um gole de vinho (mas foi só), porém durante minhas empreitadas rotineiras nestes lugares não via os bebuns fofocarem muito dessas paradas, era mais sobre futebol, problemas no emprego, alguma mina que estavam afim (que não conseguiam pegar), novidades sobre alguma viagem que fizeram, caneladas que receberam por emprestar dinheiro para parentes etc…creio que falavam um pouco de tudo e mais algumas besteiras, mas geralmente esses papos começavam e morriam no bar.
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